Olhei-me no espelho e
indignado perguntei-me...
Quem sou eu?
Sou somente isso,
este reflexo dependente de luz que agora estou a questionar, ou será que sou
mais, será que não sou ao invés de ser, porque tenho que ser...
Ou será que sou
todos os que eu fui até hoje, se eu citasse um por cento deles passaria décadas
a escrever,
Flexível e amorfo, mutável, já não sei quem realmente sou, mas a
verdade, como todos que conheço, ou
penso que conheço, imagino é a palavra
certa, eu nunca soube, penso que nunca saberei.
Revolto-me e grito em
meu interior:
Quem és tu!
Porque és!
Com qual finalidade
tu és!
Não encontro
resposta, podia pensar que sou tudo aquilo que dizem que sou
Ou aquilo que dizem
que eu não sou,
Ou até mesmo todos
aqueles que dizem que eu sou,
Eu sou tantos, por
Zeus! Quem escreve agora?
Qual dos meus Eus...
Indignados dentro de
mim ovacionam essa loucura constante, fingimento natural e essencial
De um humano perdido em um mundo eternamente
sem sentido, e essa revolta
O X da questão da
minha vida...
Trivial.
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