quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Trivial.


Olhei-me no espelho e indignado perguntei-me...

Quem sou eu?

Sou somente isso, este reflexo dependente de luz que agora estou a questionar, ou será que sou mais, será que não sou ao invés de ser, porque tenho que ser...

 Ou será que sou todos os que eu fui até hoje, se eu citasse um por cento deles passaria décadas a escrever, 

Flexível e amorfo, mutável, já não sei quem realmente sou, mas a verdade, como todos que conheço, ou 
penso que conheço, imagino é a palavra certa, eu nunca soube, penso que nunca saberei.

Revolto-me e grito em meu interior:

Quem és tu!

Porque és!

Com qual finalidade tu és!

Não encontro resposta, podia pensar que sou tudo aquilo que dizem que sou
Ou aquilo que dizem que eu não sou,
Ou até mesmo todos aqueles que dizem que eu sou,

Eu sou tantos, por Zeus! Quem escreve agora?

Qual dos meus Eus...

Indignados dentro de mim ovacionam essa loucura constante, fingimento natural e essencial
 De um humano perdido em um mundo eternamente sem sentido, e essa revolta

O X da questão da minha vida...

Trivial.

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