Acredito que o
que ele (Nietzsche) quis dizer seja referente à nossa realidade com um todo. A negação
total da utopia. Do mundo imaginado. Acredito que “amar” possa ser interpretado
de vários modos, no caso, como “aceitação”, como um cristão que diz “eu amo
jesus”, quando quer dizer que o aceita. Acredito que Nietzsche fala sobre “aceitação
do mundo real”. O mundo é como é, nada diferente disso. Por exemplo, as pessoas
falam sobre igualdade há muito tempo, mas houve em algum momento da nossa
existência essa tal igualdade? Se olharmos bem podemos perceber motivos mais
profundos, que ficam escondidos, tenho no meu face muitos jovens que criticam a
“opressão” dos mais ricos, eu os conheço, e sei que nunca fizeram nada para os
outros, então me pergunto, do que falam quando falam de igualdade? Vejo, pra
ser bem sincero, que são outros “opressores”, são orgulhosos demais, não
aceitam que alguém, pelo trabalho duro possa vir a ser considerado mais do que
eles, se é que não existem muitos outros motivos.
Continuando...
Nietzsche fala sobre “fraqueza”, não olhe com os olhos de conceitos antigos, ele
falou em superar os conceitos de “bem e mal”, portanto supere-os para
entendê-lo. Sócrates é muito útil, eu uso seu método diariamente, levar a
pessoa a resposta ao invés de dar a resposta assim, de mão beijada, fazendo-a
entender que ela sempre soube a resposta, só não queria, por sabe-se lá qual
motivo, acessa-la. Mas tentando entender o que Nietzsche disse, “Sócrates era
fraco”, o método de raciocínio de Sócrates o colocava fora da realidade vigente,
tanto que foi acusado de “perverter os jovens” daquela época, tanto que foi
acabar tomando veneno. Eu acredito que com o potencial dele, ele poderia ter
feito muito mais, o que ele fez foi divulgar seu sistema de pensamento livre em
uma época que isso não era permitido, e em alguma época isso foi, é? Então qual
a utilidade de seu “novo” sistema de raciocínio se esse o levou ao próprio fim?
Não seria negação da realidade o que ele fez? Não poderia ele ter usado seus “dons”
a seu favor? Não sei, e se tem algo que eu realmente aprendi, é que tanto
concordar, quando discordar de um pensador antigo, é afirmar levianamente. Eu
já não faço mais isso, trate-se de quem se tratar, seja Sócrates, Nietzsche,
Buda, Jesus ou aquele mendigo que eu conversei há uns anos atrás, o que posso
fazer é pensar o máximo de tempo que eu puder sobre os argumentos. E ainda
assim poderei não chegar a uma conclusão, e, ainda assim, se eu concluir algo,
poderei estar sendo injusto.
Mas
há aqueles que afirmam todo tipo de coisa, que concordam ou discordam de
grandes pensadores como se fossem, de alguma forma, superiores a esses homens, não
direi nada sobre eles, não são dignos de minha atenção, se pudesse lhes dar um
conselho seria esse, encarem textos antigos como conversas, leiam filosofia
como se conversassem com um amigo, tentem entender o que esse amigo lhes diz e
os motivos dele lhes dizer isso. Tem funcionado pra mim, talvez funcione pra
vocês.
Fiquei afim de escrever isso após ler um texto bem interessante em uma página no face, aqui está o link, postarei ele também com os devidos créditos é claro.
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=274368962737105&set=a.136948789812457.1073741828.135931586580844&type=1&theater
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