Recentemente eu olhei o filme “Cloud Atlas”, ou, como é chamado no Brasil, “ A Viagem”. Esse filme passa passado,
presente e futuro ao mesmo tempo. Muitos realmente não gostaram, não entendem, e admito que talvez eu ainda não entendi tudo que se tem pra entender. Mas,
duas coisas que são repetidas nele, conceitos que são mais enfatizados, me
fizeram pensar muito.
1-“Você quer a verdade verdadeira”?
2-“Porque nós continuamos cometendo os mesmos erros?”
O filme trata de muitos outros
assuntos, assista, serão 2h50 minutos muito bem gastos. Mas aqui, agora, eu
quero falar de alguns que nesse momento considero mais relevantes para o que eu
quero dizer. O filme mostra como vidas diferentes se cruzam, e de como pouco
muda na essência da humanidade, e que muito muda fisicamente, como as casas, os
prédios, as roupas de época, mas a mentalidade humana continua a mesma, é
incrível...
Bom, eu trouxe a ideia do texto para minha vida, pois eu
vinha pensando em tantas coisas, planos, ideais, sonhos, você sabe como é, não
é?
Pois então, eu me deparei com a seguinte pergunta:
Será que eu não estou agindo de forma totalmente igual a
outra pessoa?
Eu não sei qual é a resposta, e essa pergunta só reforça
uma ideia que começou ano passado a ganhar força em um dos meus tantos
devaneios:
“Nós somos interligados com os outros e o ambiente ao nosso
redor de uma forma que ainda somos incapazes de entender”.
Algumas pessoas, as extremamente ignorantes, negam isso,
sentem repulsa por isso, mas essa, talvez essa, seja a “verdade verdadeira”.
É claro que devemos fazer aquela pergunta, “quem sou eu pra
dizer que essa é a verdade?”.
Mas, como, também em Cloud Atlas (ou A Viagem)eu ouvi:
“Existem muitas interpretações da verdade, mas a verdade
verdadeira é só uma”.
Acredito que faz parte da
evolução humana, abandonar as interpretações reconfortantes da verdade, e olhar
para a realidade e dizer, de forma concordante, por mais que eu queira que seja
diferente, a verdade é essa. Porém, isso ocorre de tempos em tempos, leva-se
séculos, até milênios para chegar a esse nível de sinceridade, de aceitação.
Mas é ai, nesse ponto, em que o homem para de querer ser o centro de tudo, de
se colocar em primeiro lugar, quando ele passa a olhar de forma imparcial e
humilde para a realidade que o cerca, que então, ele verdadeiramente cresce,
evolui, progride.
Mas não se preocupe, eu sei quão difícil
isso é, portanto, não tente forçar, esse não é o caminho, o jeito é ir pouco a
pouco, a medida do possível, olhando para dentro, acalmar-se em um nível real,
digo real, pois muitas vezes queremos dizer que esta tudo bem, que tudo dará certo,
que estamos calmos, mas não estamos nem pensando nisso.
Tantas foram as vezes em que eu disse, é, agora eu
aprendi... Mas, o tempo passava e eu repetia o erro...
Não estou querendo lhe dizer que isso é ruim, não, só que
agora, eu estou tentando não ficar repetindo o mesmo erro, tentando, afinal, eu
aprendi que nunca aprendo, e que é fácil dizer que você sabe de algo, mas
cumprir com o dito é outra história.
O que hoje eu quero dizer, é, tente.
Não tenha medo de errar.
Não tenha medo de ser ridicularizado pelas suas escolhas.
O medo nos limita. E nós não
somos perfeitos, nós buscamos a perfeição, mas jamais a alcançamos em sua
plenitude, é um desejo, não uma realização. E isso, acredito eu que seja bom,
pois queremos sempre sermos melhores, do nosso jeito, a nossa maneira.
Sabem, eu pensava que alguns
erros que cometeram comigo, também não seriam mais cometidos, mas também ai eu
me enganei, repetiu-se de novo e de novo, e eu não gostei quando percebi que
isso continuava assim, mas, quando se passa várias vezes pela mesma situação você
acaba se tornando um tipo de entendido daquela situação, e você consegue pensar
e agir de outra maneira.
E então você percebe que como
você agiu de forma distinta, a pessoa que cometeu o erro também te responde de
forma distinta. E você passa a pensar que não são os outros, é você quem decide como as pessoas vão te tratar, de como vai ser a sua vida, é claro
que existem muitas variáveis, muitas incógnitas e fatos inevitáveis, mas
fazemos o que podemos com o que temos.
“Porque nós continuamos cometendo
os mesmos erros”?
Talvez porque ainda temos muito a aprender.
Laude Cardoso
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