quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Efeito Dominó



Dizem que falar... Não adianta.

Dizem que a diferença estaria somente e absolutamente em um ato, para mim; quem diz isso não pensou muito sobre, antes de mencionar tal fato dado tão ridiculamente como verídico.

Eu como muitos outros, todos para ser mais exato, sou formado por ideias, não uma em particular, mas muitas e de várias mentes, o modo como eu ajo diz respeito somente ao modo como eu vejo as coisas ao meu redor, como eu penso sobre, e o meu pensar esta diretamente ligado as ideias que recebi e recebo, e a outras que se originaram dentre ideias que a princípio não eram minhas.

Lembro bem das primeiras ‘’grandes idéias’’ que foram postas em minhas mãos. Eu as olhei, admirei, algumas refutei, outras simplesmente neguei. Com o passar do tempo elas geraram outras, se multiplicaram, se recriaram, algumas que outrora eu havia refutado tornaram-se tão concretas que eu as adotei e tornei a respeitá-las.

Também houve as verdades que me foram ditas, as quais eu jamais havia pensado, passei noites sem dormir, dias distraído, e de fato, sou distraído mesmo, quando uma idéia entra em minha mente dificilmente me desligo dela, trabalho feito um louco até meu cérebro dizer: 
Hey! Vai com calma!

Por mais que eu negasse eram verdades, precisei de tempo para assimilar, encarar, entender, depois... Arquivei. Tinha outras verdades para gastar meu tempo tentando entender.

Essas verdades continuam a ser ditas, às vezes por um ato, por um olhar, às vezes uma palavra e em outras vezes a falta dela que diz exatamente o que precisa ser dito, e eu entendo.

E depois de tantas ideias o que sobra se não uma base, repleta de argumentos destrutivos para aqueles que ousam tentar manter-se em uma base de mentiras, mas é claro que é complicado... Não é todo mundo que consegue admitir que tudo o que todos sabem ainda é pouquíssimo, praticamente nada comparado ao que imaginamos poder saber, a maioria das pessoas não esta preparada pra dizer a célebre frase socrática:

Só sei que nada sei.

Preferem rir dessas palavras, o preconceito para com o ato filosófico... 

A alienação faz com que os presos lutem por sua prisão, pois são incapazes de sequer imaginar liberdade.

O fato é:

Nossas ações são o reflexo daquilo que pensamos, algumas vezes temos nossas atitudes influenciadas diretamente por outros, outras vezes indiretamente, afinal estamos todos influenciando e sendo influenciados, mas o problema aparece quando você pensa sobre como as pessoas pensam sobre o que fazem, fizeram ou irão fazer...

Dei-me conta de que as pessoas detestam pensar, negam esse ato até as ultimas circunstâncias, porém o pensamento vem, e as incomoda, irrita, cutuca, machuca, enlouquece, e mesmo assim...

Elas negam.

Sabendo que nossa atitude depende de nosso pensamento, como podemos afirmar que falar não tem efeito? 
Sendo que o que mais fazemos é nos comunicarmos uns com os outros das mais variadas formas? E isso seja na língua que for ou do modo que for é um tipo de palavra, pois a palavra é uma linguagem e isso diz respeito à comunicação.
Por exemplo, alguém publica um texto bem articulado e com argumentos bons, de fácil entendimento e ao mesmo tempo revoltante sobre corrupção, eu leio, comento com um amigo, este procura o texto e publica em seu perfil, agora mais 20 pessoas viram, leram e curtiram, então 5 dessas pessoas compartilham, e se no mínimo mais 20 pessoas virem o texto em cada perfil já teremos 122 pessoas revoltadas com corrupção, mas eu estou usando números pequenos, em um compartilhamento muito mais pessoas podem chegar a ver algo e na net o que acontece é o efeito dominó, quando você derruba o primeiro...

Todos os outros serão afetados.

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